Carregando…

Atendimento por Whatsapp com a utilização de Chatbot: uso da tecnologia para facilitar o acesso ao Judiciário
Advogado Direito Processual Civil Direito Constitucional Direito Digital COVID-19

Publicado em 26/05/2020 18:44:41

Devido à pandemia da COVID19, o judiciário, assim como outras áreas, precisou se adequar às medidas de isolamento. Atualmente, o trabalho remoto é a mudança mais comum em inúmeros setores, e como não há previsão para que os atendimentos presenciais retornem, buscam-se meios para aumentar a qualidade do atendimento remoto, tornando-o mais ágil e acessível.

Em busca dessa agilidade e eficiência, a Justiça Federal do Espírito Santo identificou um novo canal de atendimento, a utilização do Whatsapp com Chatbot. A nova ferramenta foi lançada no dia 13 de maio de 2020 e realiza o atendimento inicial, pela Ju, atendente virtual da Justiça Federal do Espírito Santo.

O Chatbot é um software que gerencia trocas de mensagens e simula uma conversa humana, basta programá-lo com os dados necessários. Essa tecnologia tem proporcionado uma comunicação mais ágil e eficaz, liberando os servidores para atendimentos mais complexos, enquanto o atendente virtual realiza tarefas repetitivas como informações básicas, dúvidas frequentes, entre outras.

Contudo, essa não é a primeira medida do judiciário que utiliza a tecnologia em seu benefício. Recentemente, os Juizados Especiais implementaram a realização de audiências de conciliação não presenciais. A Lei 13.994/2020 dispõe sobre a possibilidade da utilização de recursos tecnológicos para a realização de audiências, por exemplo, as plataformas de videoconferências.

Ainda no âmbito da utilização da tecnologia no judiciário, Victor, a ferramenta de inteligência artificial utilizada no STF, é um excelente exemplo da potencialização do trabalho jurídico com a ajuda da tecnologia. A ferramenta foi desenvolvida com o propósito de separar e classificar as peças mais relevantes do processo, bem como identificar os principais temas de repercussão geral fixados pelo tribunal, aumentando a velocidade da avaliação judicial.

O STJ, por sua vez, desde 2018, utiliza a inteligência artificial para a etapa de classificação processual. O sistema tem a capacidade de ler os processos e classificá-los de acordo com os temas. Há, ainda, Sócrates, um projeto-piloto do STJ que deverá fornecer aos relatores informações relevantes, por exemplo, a identificação de processos que se enquadrem no rol de demandas repetitivas.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte utiliza o Poti, que promove, automaticamente, penhora online de valores em contas bancárias. Já a inteligência artificial, Elis, é utilizada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, para a triagem de processos de execução fiscal. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais conta com o Radar, para auxiliar na leitura de processos.

Ju, Victor, Sócrates, Poti, Elis e Radar são alguns exemplos de que a justiça brasileira tem utilizado a tecnologia para dar celeridade e eficiência às tarefas do Judiciário. Resta-nos aguardar as novidades e nos adequarmos ao uso das ferramentas tecnológicas que estão contribuindo para um amplo acesso à Justiça.